A realidade da educação em nível mundial é algo preocupante. Ser professor nos dias atuais é um desafio que nem todos os profissionais estão dispostos a enfrentar. A opção em não exercer a docência se dá por inúmeros fatores, dentre eles: a falta de valorização dos próprios governantes, vencimentos defasados em relação ao que muitos profissionais recebem em suas profissões, a desvalorização do trabalho realizado, por parte das famílias e principalmente por parte dos estudantes. Estudantes estes, que muitas vezes confundem até mesmo a própria sociedade, pois apresentam uma conduta de valores distorcidos e fora dos padrões considerados normais para ser visto como um indivíduo que está sendo formado para ser um cidadão atuante na sociedade e futuros dirigentes da mesma.
Vândalos, pequenos delinquentes, viciados, prostitutas, arruaceiros e muitos outros adjetivos nomeiam alguns dos alunos que os profissionais da educação recebem atualmente em suas salas de aula. Questionamentos sem respostas é o que acompanha esses profissionais. O que ensinar na sala de aula para indivíduos que já trazem de casa e das ruas uma bagagem de mazelas que deixa qualquer profissional desmotivado diante de tudo que o cerca?
Falar de profissionalização é muito fácil e até mesmo bonito, o difícil mesmo é profissionalizar o meio em que estamos inseridos. Ferramentas não faltam para um bom profissional trabalhar, mas para que haja um resultado é preciso haver certa reciprocidade. Em uma sala de aula da rede pública e até mesmo privada, com quem? Poucos são os “estudantes” que ainda se interessam em trocar experiências e buscar novos conhecimentos.
Diante de tudo que vem ocorrendo na educação, seria uma hipocrisia muito grande da minha parte se eu dissesse que a minha realidade é bem diferente da dos demais colegas de profissão. Buscamos inovar nossa prática, nos atualizar, nos informatizar para chamar a atenção dos nossos educandos, mais o que se percebe é que eles já estão graduados em muitas áreas do conhecimento e que os nossos esforços são em vão, pois a aprendizagem significativa são poucos que buscam receber.
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